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Sabe quando o ruído do mundo anda tão alto que até pensar fica difícil? Sou escolado em meditação. Tenho uma vida bastante tranquila. Faço uso parcimonioso de álcool e redes sociais. Durmo bem. Mesmo assim, minha atenção tem sido tragada pelas atualidades, já que ainda não virei um hermitão.
Então, pensei em dedicar esse pequeno tempo que temos juntos, uma vez por mês, para respirarmos profundamente e pensarmos em coisas bonitas. Coisas que eu adoraria ter vivenciado durante o mês, para te contar enquanto perdia tempo preocupado com a tonga da milonga do kabuletê.
Adoraria ter dançado com minha mãe numa festa de casamento, experimentado aulas de hot yoga, comido pizza na casa de amigos e dado risada de bobagens. Quem sabe até esticado um fim de semana em Buenos Aires para tomar sorvete do Rapanui e ficar absorto com o alaranjado dos céus nos entardeceres de inverno. Poderia ter cozinhado couve-flor com tahine, abraçado um cavalo, bebido chá preto dos Açores, visto alguma exposição de arte e escutado minha sobrinha contar sobre seu encontro com leões no Serengeti.
Melhor ainda se tivesse lido um manuscrito novo de uma amiga, escutado um romance em francês e caminhado no meio do mato. Mas o mês passou voando e já não sei o que foi realidade real ou virtual, criação da minha cabeça ou da inteligência artificial. E você?
“Há algo muito mágico – mesmo quando é solitário – em descobrir quem você é num lugar diferente” (acho que li na newsletter Bom Proveito).
🇬🇧 You know when the noise of the world gets so loud that even thinking becomes hard? I’m well-versed in meditation. I live a pretty peaceful life. I use alcohol and social media sparingly. I sleep well. Even so, my attention has been swallowed up by current events (since I haven’t quite become a hermit yet).
So I thought I’d dedicate this little time we have together once a month to take a deep breath and think about beautiful things. Things I wish I had experienced during the month, so I could tell you about them instead of wasting time worrying about bullshit.
I wish I had danced with my mom at a wedding, tried hot yoga classes, eaten pizza at a friend’s place, and laughed at silly things. Maybe even stretched a weekend in Buenos Aires to have Rapanui ice cream and get lost in the orange hues of winter sunsets. I could have cooked cauliflower with tahini, hugged a horse, sipped black tea from the Azores, visited an Art exhibit, and listened to my niece talk about her encounter with lions in the Serengeti.
Even better if I had read a new manuscript from a friend, listened to a novel in French, and walked in the woods. But the month flew by, and now I’m not sure what was real or virtual—something my mind made up or artificial intelligence created.
What about you?
“There’s something very magical — even when it’s lonely — about discovering who you are in a different place.” (I might have read this at Bom Proveito newsletter).
“Há algo muito mágico – mesmo quando é solitário – em descobrir quem você é num lugar diferente” (acho que li na newsletter Bom Proveito)."
As aspas são da Lena Dunham em entrevista sobre a sua nova série: Too Much (Netflix). Apesar de me identificar muito e ter até salvado, foram citadas pela Lalai Persson na sua newsletter Espiral! <3
Vi querido, parece que foi ontem que estivemos todos na fazenda. Você sempre criativo,inventava histórias para dar medo nos primos menores. Quantos momentos tivemos juntos! Com certeza se pararmos para recordarmos, veremos que o tempo passou mas vivemos , aprendemos,demos boas risadas, ….. realizamos momentos que nem estavam em nossos sonhos, mas valeram a pena. Com carinho, beijos!!